quinta-feira, 25 de outubro de 2012

AVC - INEM/ Via Verde




Abordagem Pré-Hospitalar

A emergência pré-hospitalar é uma das peças que contribui para a rapidez e eficácia da via verde AVC uma vez que é aqui que surge o primeiro pedido de auxílio.
A coordenação do tratamento pré-hospitalar e de encaminhamento dos doentes para os locais adequados é da responsabilidade do INEM através dos centros de orientação de doentes urgentes (CODU). Compete aos CODU atender e avaliar os pedidos de socorro recebidos, com o objetivo de determinar os recursos necessários e adequados a cada caso. Os CODU coordenam e gerem um conjunto de meios de socorro (viaturas médicas de emergência e reanimação, helicópteros, ambulâncias de socorro) selecionados com base na situação clínica das vítimas, com o objetivo de prestar o socorro mais adequado no menor espaço de tempo, assegurando assistência médica no local da ocorrência e durante o transporte para o hospital adequado.
No local, os tripulantes de ambulância realizam o exame da vítima (pela nomenclatura ABCDE), avaliando défices neurológicos de uma forma geral e estado de consciência através da escala AVDS (alerta, vigil, reage a dor, sem resposta), avaliam os sinais vitais e glicemia, recolhem toda a informação sobre o que aconteceu, antecedentes pessoais, medicação e última refeição. Asseguram ainda o acompanhamento do doente durante todo o transporte mantendo a vigilância e os procedimentos protocolados pelo INEM.

Via Verde AVC

Dada a elevada mortalidade devido a doenças cardiovasculares, o Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares e o Plano Nacional de Saúde estabeleceu como metas prioritárias a diminuição dessa taxa de mortalidade (principalmente em idades inferiores a 65 anos); a diminuição da letalidade intra-hospitalar e o aumento dos internamentos pelas Vias Verdes.
As Vias Verdes são uma estratégia organizada para abordagem, encaminhamento e tratamento mais adequado, planeado e expedito nas fases pré, intra e inter-hospitalares em situações clínicas mais frequentes e/ou graves, como é o caso do AVE (Acidente Vascular Encefálico), ou do EAM (Enfarte Agudo do Miocárdio). Estas tornam-se fundamentais para melhor acessibilidade dos doentes na fase aguda do AVE, bem como para permitir tratamentos mais eficazes, visto que o fator tempo (inicio sintomas – diagnóstico/tratamento) é fundamental na diminuição da mortalidade.
Para uma boa prática das Vias Verdes será fundamental o reconhecimento precoce dos sinais de alarme, o acionamento do sistema da emergência pré-hospitalar através do 112, a progressiva cobertura nacional por parte do INEM, Unidades de Saúde, meios de diagnóstico e tratamento (eletrocardiógrafos, desfibrilhadores automáticos externos) e a interligação com o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).

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