Abordagem Pré-Hospitalar
A
emergência pré-hospitalar é uma das peças que contribui para a rapidez e
eficácia da via verde AVC uma vez que é aqui que surge o primeiro pedido de
auxílio.
A
coordenação do tratamento pré-hospitalar e de encaminhamento dos doentes para
os locais adequados é da responsabilidade do INEM através dos centros de
orientação de doentes urgentes (CODU). Compete aos CODU atender e avaliar os
pedidos de socorro recebidos, com o objetivo de determinar os recursos
necessários e adequados a cada caso. Os CODU coordenam e gerem um conjunto de
meios de socorro (viaturas médicas de emergência e reanimação, helicópteros,
ambulâncias de socorro) selecionados com base na situação clínica das vítimas,
com o objetivo de prestar o socorro mais adequado no menor espaço de tempo,
assegurando assistência médica no local da ocorrência e durante o transporte
para o hospital adequado.
No
local, os tripulantes de ambulância realizam o exame da vítima (pela
nomenclatura ABCDE), avaliando défices neurológicos de uma forma geral e estado
de consciência através da escala AVDS (alerta, vigil, reage a dor, sem
resposta), avaliam os sinais vitais e glicemia, recolhem toda a informação sobre
o que aconteceu, antecedentes pessoais, medicação e última refeição. Asseguram
ainda o acompanhamento do doente durante todo o transporte mantendo a
vigilância e os procedimentos protocolados pelo INEM.
Via Verde AVC
Dada
a elevada mortalidade devido a doenças cardiovasculares, o Programa Nacional de
Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares e o Plano Nacional de Saúde
estabeleceu como metas prioritárias a diminuição dessa taxa de mortalidade
(principalmente em idades inferiores a 65 anos); a diminuição da letalidade
intra-hospitalar e o aumento dos internamentos pelas Vias Verdes.
As
Vias Verdes são uma estratégia
organizada para abordagem, encaminhamento e tratamento mais adequado, planeado
e expedito nas fases pré, intra e inter-hospitalares em situações clínicas mais
frequentes e/ou graves, como é o caso do AVE (Acidente Vascular
Encefálico), ou do EAM (Enfarte
Agudo do Miocárdio). Estas tornam-se fundamentais para melhor acessibilidade
dos doentes na fase aguda do AVE, bem como para permitir tratamentos mais
eficazes, visto que o fator tempo (inicio sintomas – diagnóstico/tratamento) é
fundamental na diminuição da mortalidade.
Para
uma boa prática das Vias Verdes será fundamental o reconhecimento precoce dos
sinais de alarme, o acionamento do sistema da emergência pré-hospitalar através
do 112, a progressiva cobertura nacional por parte do INEM, Unidades de Saúde,
meios de diagnóstico e tratamento (eletrocardiógrafos, desfibrilhadores
automáticos externos) e a interligação com o Centro de Orientação de Doentes
Urgentes (CODU).
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